terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

História da Ginástica Laboral

O primeiro vestígio desta idéia vem da Polônia, datado de 1925 com o nome "Ginástica de Pausa". Anos depois, surgiu na Holanda e na Rússia. Na década de 60, atingiu outros países da Europa e principalmente o Japão, onde ocorreu a consolidação e a obrigatoriedade da GLC - Ginástica Laboral Compensatória. No Brasil, a semente brotou em 1973, na escola de educação Feevale com um projeto de Educação Física Compensatória e Recreação no qual a escola estabelecia uma proposta de exercícios baseados em análises biomecânicas (MARCHESINI, 2001).

Foi também por volta de 30 anos atrás que um jovem médico americano tentava fazer entender a classe médica que corridas radicais previnem os males da vida sedentária (problemas cardíacos, obesidade, entre outros). Keneth Cooper entende ter trazido para a medicina o conceito de exercício que dá saúde e alegria às pessoa (MARCHESINI, 2002).
A ginástica laboral está suprindo, ao menos em partes, esta necessidade de um "espaço de liberdade", de uma quebra de ritmo, na rigidez e na monotonia do trabalho. Além disto, a organização do trabalho ataca primeiro e maciçamente a vida mental dos indivíduos. O desgaste neste aspecto é bem maior devido a todo o esforço para manter-se sob controle. Assim ao começarem a participar da ginástica, os trabalhadores descobrem que é um momento, talvez o único do dia. Onde podem ser eles mesmos de forma integrada, expandindo o corpo, a mente e o espírito. É possível, então, relaxar e abrir mão do autocontrole, livres de risco de acidentes, erros e tensão decorrentes. Podem sair das posturas automatizadas, conversar com seus colegas e desligar das pressões aliviando o stress. A ginástica laboral preenche também uma carência de atenção e valorização das pessoas, sendo percebida como uma diferença da empresa para com elas e um sinal de humanização do ambiente de trabalho.Hoje parece dispensável relacionar atividade física e promoção de saúde.

Recentemente, essa modalidade assistiu a um desenvolvimento no Japão, onde, desde 1928, os funcionários dos correios freqüentam sessões de ginástica diariamente.

No Brasil, a ginástica laboral chegou por meio de executivos nipônicos e, após várias experiências, começou a ser retomada na década de 1980, ressurgindo com força total na década de 90. A partir desta fase, foi enfatizada a qualidade de vida e no trabalho, condenando-se o estresse e as lesões causadas pelo trabalho repetitivo como o Dort (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho).
 
Tipos de Ginástica Laboral
A ginástica laboral tem sido classificada por diversos autores de forma diferente, observar-se-á neste presente trabalho classificada pelos autores Maciel, 2005; Albuquerque, 2005; Melzer, 2005; Leônidas (2005) pelas seguintes formas: preparatória, compensatória, de relaxamento e corretiva:

Ginástica laboral preparatóriaRealizada no início da jornada de trabalho, ela ativa fisiologicamente o organismo, prepara para o trabalho físico e melhora o nível de concentração e disposição, elevando a temperatura do corpo, oxigenando os tecidos e aumentando a freqüência cardíaca. Tem a duração aproximada de 10 a 12 minutos. Inclui exercícios de coordenação, equilíbrio, concentração, flexibilidade e resistência muscular (Maciel, 2005; Albuquerque, 2005; Melzer, 2005; Leônidas , 2005).

Ginástica laboral compensatóriaCom duração de 5 a 10 minutos durante a jornada de trabalho, sua principal finalidade é compensar todo e qualquer tipo de tensão muscular adquirido pelo uso excessivo ou inadequado das estruturas musculoligamentares. Tem o objetivo de melhorar a circulação com a retirada de resíduos metabólicos, modificar a postura no trabalho, reabastecer os depósitos de glicogênio e prevenir a fadiga muscular. São sugeridos exercícios de alongamento e flexibilidade, respiratórios e posturais (Maciel, 2005; Albuquerque, 2005; Melzer, 2005; Leônidas , 2005).

Ginástica laboral de relaxamentoRealizada no final da jornada de trabalho durante 10 ou 12 minutos, tem como objetivo a redução do estresse, alívio das tensões, redução dos índices de desavenças no trabalho e em casa, com conseqüente melhora da função social. São realizadas auto-massagens, exercícios respiratórios, exercícios de alongamento e flexibilidade e meditação (Maciel, 2005; Albuquerque, 2005; Melzer, 2005; Leônidas , 2005).
Ginástica laboral de compensação
Tem o objetivo de evitar vícios posturais e o aparecimento da fadiga, principalmente por posturas extremas, estáticas ou unilaterais. Podem ser realizados movimentos simétricos de alongamento dentro do próprio setor ou ambiente de trabalho entre 5 a 10 minutos (Maciel 2005; Albuquerque, 2005; Melzer, 2005; Leônidas , 2005).

Ginástica laboral corretivaA finalidade da Ginástica Laboral Corretiva é estabelecer o antagonismo muscular, utilizando exercícios que visam fortalecer os músculos fracos e alongar os músculos encurtados, destinando-se ao indivíduo portador de deficiência morfológica, não patológica, sendo aplicada a um grupo reduzido de pessoas. Entretanto, a Ginástica Laboral Corretiva visa combater e, principalmente, atenuar as conseqüências decorrentes de aspectos ecológicos ergonômicos inadequados ao ambiente de trabalho (Maciel, 2005; Albuquerque, 2005; Melzer, 2005; Leônidas , 2005).
 
Alongamentos pra se fazer na empresa
Muitos desprezam o aquecimento e já entram direto na prática de exercícios físicos e atividades físicas. Nestes casos o que se despreza são as funções do aquecimento que são:

* Melhora da irrigação sangüínea para os músculos.
* Aumento da atividade enzimática para iniciar as reações metabólicas anaeróbicas e aeróbicas.
* Diminuição da viscosidade do líquido presente nas articulações.
* Adaptação do sistema cardiovascular para o esforço..
* Alongamento muscular prévio e preparação articular.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Ginástica Laboral - 7 Dicas

1.      Por mais que se tente manter uma postura correta, se a cadeira não ajudar, nada feito. Na hora de comprar a sua, opte por modelos ergonômicos, que têm descanso para braço. E também pelas que regulam tanto o assento quanto o encosto.
2.      Procure apoiar sempre os pés no chão. Caso isso não seja possível, recorra a um apoio portátil. O ideal é que, quando você estiver sentado, suas pernas formem um ângulo de 90 graus. Com isso, evita-se a estagnação da corrente sanguínea nas pernas, o que pode favorecer o surgimento de varizes.
3.      Se tiver que apoiar os cotovelos e os antebraços nos braços da cadeira, ajuste-os de forma a nivelá-los com a altura da mesa. Isso reduzirá o impacto sobre a coluna lombar e evitará a sempre indesejável tensão muscular na região dos ombros, braços, cotovelos e punhos.
4.      Para prevenir dores e lesões, respeite a curvatura natural das costas. Evite ficar curvado para a frente, o que pode causar cifose, ou projetar o peito para a frente e o ombro para trás, o que pode provocar lordose. Mantenha sempre as costas em contato com o encosto da cadeira.
5.      Mantenha o pescoço ereto. Se possível, estabeleça um ângulo de 90 graus entre o queixo e o pescoço. Em relação à altura do monitor, a posição ideal é aquela em que a tela se encontra um pouco abaixo da projeção horizontal de seus olhos e um pouco inclinado para cima, facilitando a leitura.
6.      Mantenha distância do monitor. De preferência, entre 40 e 70 centímetros. Mais perto, pode causar problemas à visão. Além disso, capriche na iluminação ambiente e evite reflexos na tela do monitor. A exemplo da coluna, os olhos também precisam de repousos periódicos.
7.      Procure fazer pequenas pausas durante o dia. A cada 50 minutos trabalhados, experimente descansar 10. Nesse intervalo, aproveite para levantar, caminhar, beber água, esticar as pernas ou fazer alongamentos. A sua coluna agradece.