Migrar de uma ação de trabalho onde qualquer pessoa, independente de
formação, assume o papel de condutor para uma Profissão Regulamentada,
onde uma formação mínima é regra para ocupar a função.
Há quem defenda que todas as mazelas para o exercício da Profissão
de Educação Física têm suas bases no cultural entendimento de que
qualquer pessoa poderia exercer a função, ou ainda, que para ser
treinador, instrutor ou professor na área de exercícios físicos e/ou
esportes bastaria querer.
Em primeiro de setembro de 1998, conseguimos a Lei que Regulamentou
a importante Profissão de Educação Física e criou os Conselhos Federal
e Regionais que – gestados pelos próprios profissionais – defendem a
sociedade em seu direito de ser atendida sempre por alguém com a
formação devida e obediência ética profissional.
Esse novo contexto, por si só, implantou uma nova ordem no
entendimento sócio-cultural da Profissão de Educação Física. Por
exemplo, a partir das medidas de organização da profissão, outros
colegas de profissões da área da saúde passaram a confiar mais em
encaminhar seus pacientes aos atendimentos por Profissionais de
Educação Física. Uma Lei Federal, muda todo o contexto social de uma
profissão.
Além da ampliação do mercado de trabalho, com oferecimento de mais
vagas aos devidamente registrados pela redução da utilização de leigos
e de supostos estagiários, o reconhecimento como uma profissão
organizada e um aumento da credibilidade dessa profissão vêm num
crescente na medida em que cada Conselho Regional empreende no setor,
aplicando as normas, divulgando a profissão e fiscalizando o exercício
dessa profissão.
O Sistema CONFEF/CREFs, especialmente seus Conselhos Regionais, são
exemplos de esforço e operacionalização do empreender para mudar o
equivocado “status quo” vigente quanto ao reconhecimento social de
nossa amada profissão e seus profissionais.
Durante esse processo, empreender era palavra de ordem dos
Conselheiros por todo Brasil, que sustentaram inclusive financeiramente
as primeiras reuniões nos seus Estados. A exemplo dos primeiros
Conselheiros Federais que sustentaram todo o processo de implantação
nos primeiros anos do Sistema.
Na sequência de todos esses anos, como parte do trabalho
empreendedor de mudança do reconhecimento social e melhoria da auto
estima da categoria profissional podemos citar:
01 – Organização de reuniões de mobilização com grupos de
Professores de Educação Física, escolas, academias, clubes e
associações para avisar da construção da Lei 9696 de 1998 e convidar
aos profissionais para comporem o grupo de implantação e fundação do
Sistema;
02 – Participação com micro-estandes, de feiras e eventos do Setor
de Fitness e Esportes para esclarecer e mobilizar a categoria à
necessidade do Registro Individual como Profissional de Educação Física;
03 – Organização das Reuniões Plenárias que elegeram as primeiras
Diretorias Executivas e discutiram, criaram e implantaram as normas de
atuação profissional por todo o Brasil, contribuindo para as normas
nacionais;
04 – Obtenção de Cessão de Espaço Físico, ou aluguel patrocinado
pelos próprios Conselheiros para as primeiras sedes de CREFs e do
CONFEF;
05 – Criação das Comissões Permanentes – órgãos assessores do
plenário – que facilitaram a discussão e as proposições pertinentes as
questões de mérito específico;
06 – Reuniões com Entidades da Sociedade Civil Organizada, como
Sindicatos de Professores, Associação de Professores de Educação Física
– APEFs, Associações de Academias e etc. e as representações
administrativas e pedagógicas das Instituições de Ensino Superior
formadoras em Educação Física, existentes a época, e as criadas no
passar dos anos, bem como com seus professores, voltadas a colher
informações de suas necessidades e expectativas na construção das
regras e nas ocupações de espaços de representação junto aos CREFs e ao
CONFEF;
07 – Realização de Programas de Instrução aos Provisionados, como o
primeiro do país com a Chancela Pedagógica de uma Universidade, junto a
Católica no DF, com foco na qualidade e pertinência do conteúdo
oferecido, atendimento das necessidades individuais de cada cursando e
valorização salarial digna dos professores ministrantes das
disciplinas, organizado pelo então CREF 7 DF/GO e TO;
08 – Instalação do processo democrático de eleição do corpo de
Conselheiros, conforme estatuto elaborado e registrado, destacando que
desde o início alguns regionais tiveram o apoio e organização das
eleições através do Tribunal Regional Eleitoral – TRE de seus Estados,
ampliando a demonstração de dignidade e transparência em toda condução;
09 – Obtenção de Lei Federal e de Leis Estaduais, Distrital e
Municipais que determinaram o 01 de Setembro, oficialmente como Dia do
Profissional de Educação Física ampliando a influência junto a
sociedade de uma divulgação positiva da imagem do Profissional;
10 – Participação com atendimento técnico pedagógico em campanhas e
apresentações realizadas em clubes, parques das cidades, praias,
calçadões e orlas, shoppings, setores comerciais e etc., contra o
tabagismo, o câncer de mama, a osteoporose, a obesidade mórbida,
coronariopatias e outras doenças, que pela informação e o cotidiano em
exercícios físicos podem ser evitadas e/ou tratadas;
11 – Organização de Seminários, Congressos, Micro-cursos, chancelas,
apoios a Pós Graduações e oportunizações outras de aperfeiçoamento e
atualização da categoria profissional;
12 – Campanhas de valorização da disciplina Educação Física Escolar,
gestada por Profissionais devidamente habilitados – ou seja com
formação de Licenciatura em Educação Física – em todas as séries e em
todos os níveis do ensino básico, especialmente no ensino infantil;
13 – Representação Política/Institucional da Categoria Profissional
de Educação Física nos Governos e suas Secretarias, no Legislativo e no
Judiciário, voltados a melhorar o atendimento a sociedade nos projetos
sociais e nos serviços outros de nosso setor, públicos e privados;
14 – Organização e Liderança em Marchas no Legislativo, Visitas ao
Judiciário, Passeatas em Defesa a Direitos Básicos e Primários da
Categoria e da Sociedade em Geral;
Todos os 14 pontos acima citados servem de base para os trabalhos no
legislativo e o especial interesse de nossa coluna, destacados é claro
o 09 e o 13. Antes, porém, são os quatorze, um razoável resumo das
ações que estão alçando a Educação Física a merecido patamar social
pelo que devemos agradecer aos quatorze CREFs existentes hoje, seus
Conselheiros e Funcionários.
Por agora, creio, fica claramente demonstrado o crescimento
vertiginoso da Profissão Educação Física pela influência de uma Lei
específica. Bendita seja a Lei 9696 de 01 de setembro de 1998!
Retirei daqui.
quinta-feira, 22 de março de 2012
segunda-feira, 12 de março de 2012
Apostila de Fisiologia e Anatomia
Essa é uma apostila de anatomia que eu tinha aqui. Se ajudar alguém, fique a vontade pra salvar. É só clicar nas imagens que elas abrem maiores.
sexta-feira, 2 de março de 2012
A pratica esportiva na escola
Há preocupação atual com a participação de crianças em modalidades
esportivas, então, se faz necessário orientar os pais com relação a
esse assunto. Pois bem, se você tem filhos com idade de até 12 anos, e,
ele já está levando a prática esportiva com seriedade é melhor ter
cuidado. De acordo com pesquisadores no que se refere à aprendizagem
motora, a modalidade esportiva, por competição ou na fase do
treinamento, não combina com crianças na faixa etária de até 12 anos,
pois, o risco de lesões neste período é maior pelo fato do corpo dessas
crianças estar em desenvolvimento.
Nahas 2001, salienta que na Educação Física tem-se observado que o
maior problema é estabelecer prioridades educacionais para cada faixa
etária ou série, de acordo com as características e necessidades de
cada nível escolar.
Sabe-se que algumas especialidades médicas, especificamente os
ortopedistas, salientam que até os cinco anos a criança não tem
controle neuropsicomotor para a prática esportiva.
Diversos autores, entre eles Gallahue (2005) relatam que a idéia nesse
período (até os 12 anos) é estimular os movimentos de forma recreativa.
Diante da afirmativa do citado autor, compreende-se que os pais, e,
principalmente os professores de Educação Física devem proporcionar às
crianças o maior número de movimentos possíveis, aumentando, assim, o
repertório motor e contribuindo para que no futuro a criança possa
praticar adequadamente qualquer modalidade esportiva. Pactua-se que a
criança que pratica esporte desenvolve a sociabilização,
relacionando-se adequadamente em grupo.
Especialistas da medicina esportiva relatam que lesões que
anteriormente atingiam somente adolescentes e adultos, atualmente já
são cada vez mais freqüentes em crianças menores de 12 anos,
especificamente dos nove aos onze anos, e, isso ocorre porque há
excesso nas práticas, bem como, sobrecarga nos exercícios.
Como professor de Educação Física compreendo que a natação é uma das
modalidades esportivas mais indicadas para que a criança inicie suas
atividades, pois não há impacto, e, desse modo, não irá provocar
lesões. Por exemplo: bebês de aproximadamente seis meses podem ser
iniciados, é claro que eles não irão nadar, mas serão estimulados a
executar diversos movimentos. Orienta-se que a duração de uma aula para
bebês deve ser em média de 30 minutos.
Não é somente a natação, há varias modalidades esportivas que podem ser
praticadas na infância, mas não devem ser competitivas e sim com a
realização de festivais, incentivando a participação e não a
competição, com pais a beira da quadra ou do campo gritando para seu
filho e querendo vencer a qualquer custo. Neste caso a competição pode
desestimular a criança para o esporte, ainda, nota-se que os festivais
evitam o esforço exagerado diminuindo o risco de lesões.
Para cada modalidade esportiva, existe a idade correta, sendo
importante na hora da escolha, diferenciar atividade de exercício
físico. A atividade pode-se compreender como qualquer movimento que
leve ao gasto de energia, sendo: executar movimentos e estimular os
músculos das mãos, dos braços, das pernas, realizando principalmente
movimentos naturais, como andar e correr, e, que tenha acima de tudo
aval dos especialistas da Educação Física; já os exercícios físicos,
são seqüências de movimentos com o objetivo de alcançar melhor
performance, seja em modalidades individuais ou coletivas.
Quem praticar adequadamente qualquer tipo de esporte ou atividade
física desde cedo, certamente estará trilhando bom caminho para uma
vida adulta saudável, sem precisar iniciar obrigatoriamente, isto é,
quando procurar um médico.
Referências
GALLAHUE, David L. Compreendendo o desenvolvimento motor – bebês,
crianças, adolescentes e adultos. 3 ed. São Paulo. Phorte Editora. 2005.
NAHAS, M. Atividade física, saúde e qualidade de vida. Londrina: Midiograf, 2001.
NAHAS, M. Atividade física, saúde e qualidade de vida. Londrina: Midiograf, 2001.
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