No meu modesto entendimento , o objetivo da maioria dos programas de treinamento é em melhorar a aparência, porém poucos focam em melhorar sua performance, ou rendimento atlético. No entanto ao olharmos a aparência de atletas, podemos imaginar que se treinarmos como um, nossa aparência também será igual.
Mais uma vez , dentro de meu entendimento , a utilização de um
treinamento integrado e que busque o desenvolvimento de mais
capacidades físicas, é que nos levará a obteremos as ferramentas
adequadas para que o aluno/atleta seja mais resistente à lesões, mais
forte, mais ágil, flexível e se torne um meio para que ele alcançe
valores positivos em sua vida e use o sucesso em atingir essa sensação
de bem estar em outras partes da sua vida pessoal e profissional.
Quando focamos em performance e/ou resultados , baseamos esse programa
na busca de uma adequada execução de movimentos, dai então aumentar a
força naquele mesmo padrão e só então deveríamos buscar a execução de
forma explosiva. Porém para sabermos se esse atleta/aluno apresenta
padrões adequados desde o início, precisamos realizar avaliações de movimento que visem identificar como o indivíduo realiza essas ações.
Neste ponto é que começo a questionar as ditas "avaliações e re-avaliações das academias.
Os maiores especialistas em treinamento e ciência do movimento dos
Estados Unidos, apresentam uma análise muito interessante sobre como
nossas articulações deveriam trabalhar integradamente, e como
identificar e corrigir essa integração para que o corpo seja o mais
produtivo possível, melhorando assim seu rendimento. Eles defendem
a idéia que nossas articulações apresentam uma tendência de requisitar
um trabalho focando ou em mobilidade, ou em estabilidade.
O
entendimento que tiramos a partir daí , é que , cada articulação
necessita de um trabalho específico baseado em suas necessidades
durante movimentos;seja para o desportista e/ou o aluno(a) de academia
A montagem de um programa de treinamento que busque realmente atingir um objetivo fim PRECISA de uma avaliação e entrevista prévias , somado a isso, as avaliações posturais normalmente não são devidamente realizadas nas avaliações normais de academias
Estas "avaliações posturais das academias " são realizadas com o
indivíduo numa posição estática e em pé, o que não faz com que as
articulações estejam movendo-se numa amplitude que mostrariam os
desequilíbrios, caso eles não sejam extremos. Portanto não teríamos a devida informação para a montagem do nosso programa baseado apenas no teste postural.
Vemos
assim uma tendência que deveria se adotar ao prepararmos um programa de
treinamento de nossos atletas e alunos, que é o uso de movimento
durante as avaliações físicas.
Outra grande dificuldade
esta na capacidade do "avaliador" de identificar as limitações em cada
articulação em movimentos integrados (muito realizados no treinamento funcional e sendo base de todas as modalidades esportivas) , quando corretamente realizada por um profissional especializado
nos da ferramentas para criar uma estratégia específica que realmente
orientará o trabalho que deve ser realizado desde a primeira sessão.
A identificação de pontos que necessitam de mobilidade, de estabilidade
e de um reequilíbrio muscular proporcionará aos profissionais do
treinamento a capacidade de criar um programa que será muito mais
resistente à lesões.
Há em nossas estruturas uma alternância
da necessidade de mobilidade ou de estabilidade em cada articulação. Ou
seja, a região cervical precisa de estabilidade; a torácica de
mobilidade; os ombros de estabilidade; a lombar precisa ser muito
estável; o quadril precisa das duas coisas; o joelho precisa de
estabilidade; o tornozelo normalmente apresenta rigidez e precisa
melhorar a capacidade de se mover e os pés precisam ser estáveis. Se
essas características não forem respeitadas em cada região, a
consequência aparecerá em forma de lesão em uma articulação acima ou
abaixo das que se apresentam num estado disfuncional, por aumentar a
sobrecarga de movimento (ou ausência de) sobre elas.
Pensando
dessa maneira, vemos a avaliação funcional do movimento como uma
maneira simples e efetiva de identificar esses desequilíbrios e
corrigí-los de forma simples e direta através de rotinas:
➢ De curta duração,
➢ Para serem usadas como preparação do movimento no início de cada treino,
➢ Que melhoram a postura de forma rápida,
➢ Que melhoram o alongamento já na primeira sessão,
➢ Que melhoram a amplitude articular, visando um aumento na força,
➢ Que melhoram a ativação de músculos inativos, permitindo uma melhor distribuição de sobrecargas sobre o atleta
➢ e que melhoram em muito o alinhamento das articulações, diminuindo as chances de lesão.
O problema está que em sua grande maioria , as avaliações de academias
são pobres de dados e servem principalmente para fazer caixa para
academia , os avaliadores não observam devidamente , não coletam as
informações necessárias , e pior o "instrutor/professor " na grande
maioria das vezes nem vê estas avaliações , e quando vê não utiliza os
dados para nada.
Sendo assim procure profissionais
treinados e capacitados desde seu primeiro momento na academia, só
assim você pode ter certeza de estar investindo seu tempo e dinheiro em
algo que realmente lhe proporcionará resultados e satisfação pessoal.