quinta-feira, 22 de março de 2012

A Lei 9696 de 01 de Setembro de 1998 e sua Importância para a Sociedade Brasileira Através da Educação Física!

Migrar de uma ação de trabalho onde qualquer pessoa, independente de formação, assume o papel de condutor para uma Profissão Regulamentada, onde uma formação mínima é regra para ocupar a função.
Há quem defenda que todas as mazelas para o exercício da Profissão de Educação Física têm suas bases no cultural entendimento de que qualquer pessoa poderia exercer a função, ou ainda, que para ser treinador, instrutor ou professor na área de exercícios físicos e/ou esportes bastaria querer.
Em primeiro de setembro de 1998, conseguimos a Lei que Regulamentou a importante Profissão de Educação Física e criou os Conselhos Federal e Regionais que – gestados pelos próprios profissionais – defendem a sociedade em seu direito de ser atendida sempre por alguém com a formação devida e obediência ética profissional.
Esse novo contexto, por si só, implantou uma nova ordem no entendimento sócio-cultural da Profissão de Educação Física. Por exemplo, a partir das medidas de organização da profissão, outros colegas de profissões da área da saúde passaram a confiar mais em encaminhar seus pacientes aos atendimentos por Profissionais de Educação Física. Uma Lei Federal, muda todo o contexto social de uma profissão.
Além da ampliação do mercado de trabalho, com oferecimento de mais vagas aos devidamente registrados pela redução da utilização de leigos e de supostos estagiários, o reconhecimento como uma profissão organizada e um aumento da credibilidade dessa profissão vêm num crescente na medida em que cada Conselho Regional empreende no setor, aplicando as normas, divulgando a profissão e fiscalizando o exercício dessa profissão.
O Sistema CONFEF/CREFs, especialmente seus Conselhos Regionais, são exemplos de esforço e operacionalização do empreender para mudar o equivocado “status quo” vigente quanto ao reconhecimento social de nossa amada profissão e seus profissionais.
Durante esse processo, empreender era palavra de ordem dos Conselheiros por todo Brasil, que sustentaram inclusive financeiramente as primeiras reuniões nos seus Estados. A exemplo dos primeiros Conselheiros Federais que sustentaram todo o processo de implantação nos primeiros anos do Sistema.
Na sequência de todos esses anos, como parte do trabalho empreendedor de mudança do reconhecimento social e melhoria da auto estima da categoria profissional podemos citar:
01 – Organização de reuniões de mobilização com grupos de Professores de Educação Física, escolas, academias, clubes e associações para avisar da construção da Lei 9696 de 1998 e convidar aos profissionais para comporem o grupo de implantação e fundação do Sistema;
02 – Participação com micro-estandes, de feiras e eventos do Setor de Fitness e Esportes para esclarecer e mobilizar a categoria à necessidade do Registro Individual como Profissional de Educação Física;
03 – Organização das Reuniões Plenárias que elegeram as primeiras Diretorias Executivas e discutiram, criaram e implantaram as normas de atuação profissional por todo o Brasil, contribuindo para as normas nacionais;
04 – Obtenção de Cessão de Espaço Físico, ou aluguel patrocinado pelos próprios Conselheiros para as primeiras sedes de CREFs e do CONFEF;
05 – Criação das Comissões Permanentes – órgãos assessores do plenário – que facilitaram a discussão e as proposições pertinentes as questões de mérito específico;
06 – Reuniões com Entidades da Sociedade Civil Organizada, como Sindicatos de Professores, Associação de Professores de Educação Física – APEFs, Associações de Academias e etc. e as representações administrativas e pedagógicas das Instituições de Ensino Superior formadoras em Educação Física, existentes a época, e as criadas no passar dos anos, bem como com seus professores, voltadas a colher informações de suas necessidades e expectativas na construção das regras e nas ocupações de espaços de representação junto aos CREFs e ao CONFEF;
07 – Realização de Programas de Instrução aos Provisionados, como o primeiro do país com a Chancela Pedagógica de uma Universidade, junto a Católica no DF, com foco na qualidade e pertinência do conteúdo oferecido, atendimento das necessidades individuais de cada cursando e valorização salarial digna dos professores ministrantes das disciplinas, organizado pelo então CREF 7 DF/GO e TO;
08 – Instalação do processo democrático de eleição do corpo de Conselheiros, conforme estatuto elaborado e registrado, destacando que desde o início alguns regionais tiveram o apoio e organização das eleições através do Tribunal Regional Eleitoral – TRE de seus Estados, ampliando a demonstração de dignidade e transparência em toda condução;
09 – Obtenção de Lei Federal e de Leis Estaduais, Distrital e Municipais que determinaram o 01 de Setembro, oficialmente como Dia do Profissional de Educação Física ampliando a influência junto a sociedade de uma divulgação positiva da imagem do Profissional;
10 – Participação com atendimento técnico pedagógico em campanhas e apresentações realizadas em clubes, parques das cidades, praias, calçadões e orlas, shoppings, setores comerciais e etc., contra o tabagismo, o câncer de mama, a osteoporose, a obesidade mórbida, coronariopatias e outras doenças, que pela informação e o cotidiano em exercícios físicos podem ser evitadas e/ou tratadas;
11 – Organização de Seminários, Congressos, Micro-cursos, chancelas, apoios a Pós Graduações e oportunizações outras de aperfeiçoamento e atualização da categoria profissional;
12 – Campanhas de valorização da disciplina Educação Física Escolar, gestada por Profissionais devidamente habilitados – ou seja com formação de Licenciatura em Educação Física – em todas as séries e em todos os níveis do ensino básico, especialmente no ensino infantil;
13 – Representação Política/Institucional da Categoria Profissional de Educação Física nos Governos e suas Secretarias, no Legislativo e no Judiciário, voltados a melhorar o atendimento a sociedade nos projetos sociais e nos serviços outros de nosso setor, públicos e privados;
14 – Organização e Liderança em Marchas no Legislativo, Visitas ao Judiciário, Passeatas em Defesa a Direitos Básicos e Primários da Categoria e da Sociedade em Geral;
Todos os 14 pontos acima citados servem de base para os trabalhos no legislativo e o especial interesse de nossa coluna, destacados é claro o 09 e o 13. Antes, porém, são os quatorze, um razoável resumo das ações que estão alçando a Educação Física a merecido patamar social pelo que devemos agradecer aos quatorze CREFs existentes hoje, seus Conselheiros e Funcionários.
Por agora, creio, fica claramente demonstrado o crescimento vertiginoso da Profissão Educação Física pela influência de uma Lei específica. Bendita seja a Lei 9696 de 01 de setembro de 1998!

Retirei daqui.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Apostila de Fisiologia e Anatomia

Essa é uma apostila de anatomia que eu tinha aqui. Se ajudar alguém, fique a vontade pra salvar. É só clicar nas imagens que elas abrem maiores.


























sexta-feira, 2 de março de 2012

A pratica esportiva na escola

Há preocupação atual com a participação de crianças em modalidades esportivas, então, se faz necessário orientar os pais com relação a esse assunto. Pois bem, se você tem filhos com idade de até 12 anos, e, ele já está levando a prática esportiva com seriedade é melhor ter cuidado. De acordo com pesquisadores no que se refere à aprendizagem motora, a modalidade esportiva, por competição ou na fase do treinamento, não combina com crianças na faixa etária de até 12 anos, pois, o risco de lesões neste período é maior pelo fato do corpo dessas crianças estar em desenvolvimento.
Nahas 2001, salienta que na Educação Física tem-se observado que o maior problema é estabelecer prioridades educacionais para cada faixa etária ou série, de acordo com as características e necessidades de cada nível escolar.
Sabe-se que algumas especialidades médicas, especificamente os ortopedistas, salientam que até os cinco anos a criança não tem controle neuropsicomotor para a prática esportiva.
Diversos autores, entre eles Gallahue (2005) relatam que a idéia nesse período (até os 12 anos) é estimular os movimentos de forma recreativa. Diante da afirmativa do citado autor, compreende-se que os pais, e, principalmente os professores de Educação Física devem proporcionar às crianças o maior número de movimentos possíveis, aumentando, assim, o repertório motor e contribuindo para que no futuro a criança possa praticar adequadamente qualquer modalidade esportiva. Pactua-se que a criança que pratica esporte desenvolve a sociabilização, relacionando-se adequadamente em grupo.
Especialistas da medicina esportiva relatam que lesões que anteriormente atingiam somente adolescentes e adultos, atualmente já são cada vez mais freqüentes em crianças menores de 12 anos, especificamente dos nove aos onze anos, e, isso ocorre porque há excesso nas práticas, bem como, sobrecarga nos exercícios.
Como professor de Educação Física compreendo que a natação é uma das modalidades esportivas mais indicadas para que a criança inicie suas atividades, pois não há impacto, e, desse modo, não irá provocar lesões. Por exemplo: bebês de aproximadamente seis meses podem ser iniciados, é claro que eles não irão nadar, mas serão estimulados a executar diversos movimentos. Orienta-se que a duração de uma aula para bebês deve ser em média de 30 minutos.
Não é somente a natação, há varias modalidades esportivas que podem ser praticadas na infância, mas não devem ser competitivas e sim com a realização de festivais, incentivando a participação e não a competição, com pais a beira da quadra ou do campo gritando para seu filho e querendo vencer a qualquer custo. Neste caso a competição pode desestimular a criança para o esporte, ainda, nota-se que os festivais evitam o esforço exagerado diminuindo o risco de lesões.
Para cada modalidade esportiva, existe a idade correta, sendo importante na hora da escolha, diferenciar atividade de exercício físico. A atividade pode-se compreender como qualquer movimento que leve ao gasto de energia, sendo: executar movimentos e estimular os músculos das mãos, dos braços, das pernas, realizando principalmente movimentos naturais, como andar e correr, e, que tenha acima de tudo aval dos especialistas da Educação Física; já os exercícios físicos, são seqüências de movimentos com o objetivo de alcançar melhor performance, seja em modalidades individuais ou coletivas.
Quem praticar adequadamente qualquer tipo de esporte ou atividade física desde cedo, certamente estará trilhando bom caminho para uma vida adulta saudável, sem precisar iniciar obrigatoriamente, isto é, quando procurar um médico.
Referências
GALLAHUE, David L. Compreendendo o desenvolvimento motor – bebês, crianças, adolescentes e adultos. 3 ed. São Paulo. Phorte Editora. 2005.
NAHAS, M. Atividade física, saúde e qualidade de vida. Londrina: Midiograf, 2001.